Impeachment no Chile, Eleição na Argentina e Estado de exceção no equador e de Sítio na Guatemala.

América Latina em erupção

Impeachment no Chile, Eleição na Argentina e Estado de exceção no equador e de Sítio na Guatemala.

CHILE

Nesta madrugada (09/11/21) ocorreu na Câmara dos Deputados do Chile votação que aprovou Acusação Constitucional (abertura de processo de impeachment) contra o presidente Sebastián Piñera, o placar foi de 78 votos a favor, 67 contra e 3 abstenções.

O engraçado é que para conseguir a votação mínima para aprovar o processo o deputado Jaime Naranjo (Partido Socialista do Chile) discursou por mais de 15h na Câmara. A oposição precisava de 78 votos e tinha 77, o deputado Giorgio Jackson estava em quarentena obrigatória devido a pandemia que terminou às 23:59 do dia 08/11. Jackson estava em Santiago e leva duas horas até Valparaíso, onde é o Congresso do Chile, é um dos coordenadores da campanha do presidenciável Gabriel Boric (Frente Ampla) que testou positivo. Então Jaime Naranjo fez um discurso de mil e trezentas páginas e ficou 15 horas falando para dar tempo de Jackson chegar na votação.

Caberá ao Senado a decisão sobre o futuro de Piñera. Um outro detalhe importante é que os chilenos estão há menos 2 semanas das eleições o primeiro turno será se realizado no próximo 21 de novembro. Entre as acusações está o caso do Panama Papers (offshore) mesmo caso em que encontraram os dólares de Paulo Guedes

Gabriel Boric, de quem o deputado Jackson é assessor de campanha, é um dos favoritos para ir ao 2º turno dia 19/12 das eleições presidenciais no Chile, disputa o primeiro turno juntamente com Sebastian Sichel (Chile Podemos Mais), José Antonio Kast (Partido Republicano) e Yasna Provoste (Novo Pacto Social) segundo pesquisa divulgada pela empresa Cadem Boric e Kast estão empatados com 215 das intenções de voto.

BRASIL

Enquanto isso no Brasil se briga por tornar legal o mensalão com o nome de orçamento Secreto. O governo de Jair Bolsonaro criou um orçamento paralelo bilionário em emendas, no final de 2020, para conseguir apoio do “Centrão” no Congresso Nacional. Esse esquema atropela leis orçamentárias pois são os ministros e não os congressistas que deveriam definir onde aplicar os recursos, os acordos e o direcionamento do dinheiro não foram públicos e a distribuição não foi igualitária entre os congressistas, recebiam conforme interesse eleitoral do governo nas votações do congresso.

O Cidadania e o PSOL ingressam nesta segunda-feira (7/6) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a execução das emendas do suposto “orçamento secreto em sessão virtual no Supremo Tribunal Federal, a ministra Cármen Lúcia e o ministro Luís Roberto Barroso seguiram a posição da relatora, a ministra Rosa Weber, e votaram pela suspensão do ‘orçamento secreto’ os demais ministros ainda irão votar.

A ação ocorreu após a votação da PEC (proposta de Emenda Constitucional) dos Precatórios. Também chamada de PEC do calote estabelece um limite anual para o pagamento de todos os precatórios e adia o pagamento parcelando as dívidas que deveriam ser pagas em 2022.  O Presidente nacional do PDT foi ao STF contra votação remota da PEC dos Precatórios 20 deputados –que estão em viagem oficial para participar da COP26– estavam entre os votantes.

ARGENTINA

Em 14 de novembro, os argentinos elegerão 127 dos 257 deputados e 24 dos 72 senados. A renovação parcial do Congresso é crucial, uma vez que as eleições são realizadas bem no meio do mandato de Fernández e a integração de ambas as câmaras influenciará totalmente o futuro de seus próximos e últimos dois anos de gestão.

Nacionalmente, o partido no poder perdeu em 17 das 23 províncias do país, e na capital, onde a direita tem sido imbatível desde 2007. Em termos absolutos, perdeu quatro milhões de votos em relação ao que obteve em 2019.

O medo máximo do partido no poder é que essa diferença se aumente em 14 de novembro, uma vez que enfraqueceria Fernández ao extremo. Portanto, a estratégia dos últimos dois meses se concentrou em diminuir o perfil público do presidente e reforçar programas sociais para conter o empobrecimento pronunciado do país como resultado da crise econômica deixada por Macri, o impacto da pandemia e um plano econômico que não termina de convencer nem mesmo dentro da aliança dominante.

EQUADOR

Guillermo Lasso nomeou novo ministro de Defesa general Luis Hernández e decretou estado de exceção na segunda semana do mês de Outubro em todo o território nacional por 60 dias, ordenando que as Forças Armadas saiam às ruas. A medida foi determinada logo após o início de uma greve de agricultores e trabalhadores do transporte contra o aumento dos preços do combustível.

No dia 30 de setembro, o presidente equatoriano já havia decretado estado de sítio em todas as penitenciárias do país como resposta à maior chacina carcerária da história, que terminou com 116 mortos na Penitenciária do Litoral, em Guayaquil. 

Enquanto no Brasil o diesel, o gás e a gasolina sobem todo mês e pode chegar a 8 reais a gasolina nas bombas dos postos.

GUATEMALA 

Presidente da Guatemala decreta estado de sítio na última semana de Outubro após 17 dias de manifestação indígena

O presidente da Guatemala, Alejandro Giammatei, decretou estado de sítio no município El Estor, no estado de Izabal, leste do país, no último domingo (24), após 17 dias de manifestações indígenas. A comunidade maia Q’eqcxhis protesta há mais de duas semanas contra um projeto de mineração que busca desalojá-los do seu território.

O decreto proíbe qualquer tipo de manifestação pública, prevê que o Exército controle o município e possa realizar detenções sem ordem judicial prévia. Segundo meios locais, nesta segunda-feira (25), um contingente de 500 soldados e 350 policiais já chegou ao local, enquanto agentes do Ministério Público realizam mandatos de busca e apreensão.

 

Informações do Brasil de Fato e RT em Espanhol

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