Sexta-feira manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Zé) _ Bom dia Chico.
(Chico) _Bom dia Zé, como vai?
(Zé) _ Vou bem, graças a Deus, já tomei a terceira dose. E você?
(Chico) _Vou bem, com saúde. A terceira só vou poder tomar próximo mês.
(Zé) _Os casos aumentando, não pode vacilar.
(Chico) _Isso é. Essa cepa nova não ‘tá’ matando tanto porque mais de 70% já se vacinou.
(Zé) _Gente ainda atrás de festa, lamentando que não vai ter nem lavagem nem carnaval.
(Chico) _Nem todo mundo aprendeu com a pandemia. O vírus veio ensinar as pessoas que ninguém ‘tá’ só no mundo.
(Zé) _ Exatamente, por causa de uns muitos sofrem. Esses daí que não tomaram vacina, muitos estão morrendo agora.
(Chico) _Bom era se fossem só eles, assim acabava essa outra doença que chamam de “negacionismo”.
(Zé) _Esses cornos são tudo descarado que tem medo de tomar injeção. Eles ‘tá’ tudo vivo contra vacina mas tomaram vacina desde bebê se não fosse assim tinham morrido de sarampo, caxumba paralisia e tantas outras doenças.
(Chico) _Bom era se não tivessem tomado nenhuma dessas.
(Zé) _E o juiz candidato, abocanhou três milhões e meio não foi?
(Chico) _Ele não tem moral nenhuma pra falar de corrupção. Parece até piada o nome dele ser Moro, porque não tem moral nenhuma.
(Zé) _Podia ser Sergio Malandro.
(Chico) _Aí ia dá problema porque o outro Sérgio é palhaço, mas não destruiu o país pra enricar.
(Zé) _Um bandido desses na eleição é um Bolsonaro com diploma.
(Chico) _Não sei até hoje como uma pessoas que não segue as leis pode ser juiz.
(Zé) _É um absurdo atrás do outro.
(Chico) _Me dá minha farinha que vou indo.
(Zé) _Até pra semana!
(Chico) _Até!
A tarde caiu um outro temporal com chuva forte as 13h. (Como na semana anterior).
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