Sexta-feira manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Chico) _Bom dia Zé! Como vai?
(Zé) _ Vou bem, bom dia! E você?
(Chico) _Bem com saúde, é o importante.
(Zé) _E essa chuva de sexta-feira será se vem hoje?
(Chico) _Já vão duas semanas que veio no mesmo horário. Agora essa semana o sol esquentou.
(Zé) _Sol de verão mesmo.
(Chico) _O que ‘tá’ ruim aí é a doença com esse tanto de caso.
(Zé) _Nem fale, 140 em um dia.
(Chico) _A coisa aumentando e todo final de semana libera festa.
(Zé) _O povo ‘tá’ pensando que já acabou a pandemia.
(Chico) _Fora que tem gente que não tomou a vacina.
(Zé) _Desse jeito vai é morrer mais gente.
(Chico) _E o povo vai continuar agindo com descuido.
(Zé) _E o juiz milionário, tu viu?
(Chico) _Quem?
(Zé) _Moro.
(Chico) _Ah, vi sim ele ganhou três milhões e meio em menos de um ano.
(Zé) _ E ganhou das empresas que ele investigou e ajudou a falir.
(Chico) _Um sujeito desses se senta na cadeira vai lembrar do pobre.
(Zé) _Ele vai fazer igual Paulo Guedes botar o dinheiro nos paraíso bancário pra render.
(Chico) _Essa turma aí só quer “venha nós”.
(Zé) _Sei que se ele ganhar quem vai governar é a Cia.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _Tu acho que é riqueza pouca três milhões.
(Chico) _Nunca peguei três mil quanto mais milhões.
(Zé) _Ele ainda acha que o povo é besta.
(Chico) _Até pra semana.
(Zé) _Até!
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