Muito se tem especulado na mídia ocidental sobre uma possível invasão da Ucrânia pela Rússia, pois a Ucrânia está prestes a fazer parte da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
ORIGEM DO CONFLITO
É preciso retomar a origem para entender esse conflito e outros na Ásia Central.
As tensões na Ucrânia começaram em 2014, após um golpe de Estado apoiado pelo Ocidente. Em seguida, Donetsk e Lugansk, repúblicas populares no leste do país, proclamaram independência da Ucrânia com apoio da população em referendos. Respectivamente, 89,7% e 96% dos eleitores votaram a favor da causa. Porém, na sequência, Kiev lançou uma operação militar para frear as forças independentistas.
A guerra em Donbass já levou à morte cerca de 13.000 pessoas e deixou dezenas de milhares de feridos e mais de 2,5 milhões de deslocados dentro ou fora da Ucrânia.
DISPUTA MILITAR
Já o conflito atual tem relação com o governo da Ucrânia pós-golpe aliado dos Estados Unidos fazer parte da Otan e manter tropas aliança em seu território. Os mísseis carregados com ogivas nucleares empregados na Polônia e Romênia podem atingir um alvo como Moscou em 15 minutos, se instalassem na Ucrânia, caso esse país entre para a Otan, chegariam em apenas cinco minutos, impossibilitando qualquer tipo de defesa.
Recentemente (10/02/2022) Kiev reposiciona lançadores de foguetes para atacar Donetsk, Militares ucranianos estão formando várias unidades de lançadores múltiplos de foguetes para atacar o território da RPD (República Popular de Donbass).
O Reino Unido colocou mais 1.000 soldados à disposição da Ucrânia "para lidar com a crise humanitária na região", caso seja necessário, informou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, Na Estônia, o Reino Unido está perto de dobrar suas tropas relacionadas à OTAN, de 900 para 1.750 soldados.
Reino Unido e Estados Unidos estão totalmente alinhados em aumentarem seu contingente armado em um verdadeiro cerco a Rússia que é o principal país aliado da República Popular da China.
O presidente russo Vladimir Putin perguntou recentemente aos líderes europeus quantas bases militares a Rússia tinha na fronteira dos Estados Unidos, seja no sul, México, ou no norte, Canadá. Demonstrando claramente quem está excedendo suas fronteiras e tentando invadir outros países.
Além disso todos sabem o histórico de invasão dos estados Unidos a outros países. Síria e Afeganistão sofrem há uma década com a guerra em seus territórios.
GUERRA PSICOLÓGICA: uso de Fake News
A mídia ocidental se empenha em gerar um clima de caos e de guerra nuclear numa verdadeira operação de guerra psicológica, tentando convencer o mundo que a Rússia é culpada de não querer misseis ianques a cinco minutos de sua capital.
A agência de notícias Bloomberg publicou uma manchete dizendo "Ao vivo: Rússia invade a Ucrânia". A notícia surgiu na página inicial por volta das 18h00, no horário de Brasília, e permaneceu lá durante quase meia-hora, antes de ser removida e emitido um pedido de desculpas.
Os usuários que clicaram na notícia chocante enquanto ela ainda estava no site eram redirecionados para uma página de erro, segundo escreve o New York Post. A agência de notícias admitiu o erro, dizendo que ela "prepara manchetes para muitos cenários e que o título 'Rússia invade Ucrânia' foi inadvertidamente publicado.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu, nesta quinta-feira (10), para que os cidadãos norte-americanos na Ucrânia deixem o país o quanto antes, alertando para um possível "grande conflito com a Rússia".
OTSC IMPEDE GOLPE: Cazaquistão
O mais recente episódio das tentativas de desestabilizar governos que são coincidentemente parceiros comerciais da China e da Rússia foi no Cazaquistão.
Alta no preço do gás foi estopim para protestos que levaram à conflitos e mortes num dos principais aliados da Rússia na região no começo do ano de 2022.
Várias centenas de pessoas saíram para protestar na cidade de Zhanaozen, no oeste do Cazaquistão, contra o aumento do preço do GLP (gás liquefeito de petróleo). Desde então, a onda de protestos se espalhou por todo o país, com milhares aderindo às marchas.
A antiga república soviética da Ásia Central é um aliado estratégico da Rússia e vende a maior parte das suas exportações de petróleo para a China, dois países seus vizinhos.
O presidente do Cazaquistão, Kasim-Yomart Tokáev Durante uma reunião do Conselho de Segurança Coletiva da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), criado em 1992 pela Rússia, Armênia, Bielorrússia, Quirguistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Cazaquistão, Tokáev afirmou que os protestos foram organizados por milicianos estrangeiros que tentaram roubar armamento militar, assim como foram responsáveis pela morte de 16 agentes de segurança do Estado.
Mas não é que haverá uma terceira guerra mundial, já está ocorrendo essa guerra por meio de bloqueios comerciais e tentativas (muitas bem sucedidas) de golpes de estado, todos essas táticas de guerra realizadas pelos Estados Unidos em sua extensa guerra híbrida para continuar sendo um império econômico e destruir a economia da China.
Fonte: Informações da Sputnik Brasil e Viomundo.
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