Sexta-feira manhã chuvosa, ainda no isolamento social ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Zé) _Bom dia Chico, como vai?
(Chico) _Bom dia Zé, vou bem e tu como ‘tá’?
(Zé) _ Vou bem. Mas as vezes dá uma tristeza danada.
(Chico) _O quê?
(Zé) _A gente vê o Brasil nessa situação sem poder fazer nada.
(Chico) _Nada não! A nossa parte a gente faz: só sair quando precisa mesmo, usar máscara manter a distância, lavar as mãos.
(Zé) _Isso lá é verdade Chico, mas digo porque me causa indignação, já são 2 milhões de gente que se infectou quase 75 mil morreram, e aquele miserável nada faz.
(Chico) _Porque ele não está nem aí mesmo pro povo. Agora que ele se infectou ele deve sentir na pele que não é só uma gripe.
(Zé) _E fora a roubalheira. A ex-mulher comprando um bocado de apartamento em dinheiro vivo pra lavar o dinheiro da corrupção.
(Chico) _Ele e o filho também, que a mulher do filho recebeu também dinheiro do Queiroz.
(Zé) _Pra você ver o vírus acabando com tudo e eles só preocupados em roubar e roubar...
(Chico) _E o Guedes que ninguém fala? Passou 300 bilhões do Banco Central pro banco dele. Se aproveita da doença pra meter a mão no dinheiro do povo.
(Zé) _É uma barbaridade a ganância dessa corja miliciana.
(Chico) _O que a gente pode fazer é a nossa parte. E ninguém espere dele fazer nada pra conter a doença. Aqui mesmo o prefeito voltou a fechar o comércio o povo achou ruim.
(Zé) _Tem gente que parece que está vivendo num mundo paralelo, sem nenhuma pandemia.
(Chico) _Pois é isso mesmo. Me dá minha farinha que eu já vou indo antes da próxima chuva.
(Zé) _Esse ano ao menos tem sido bom de chuva. Até semana que vem.
(Chico) _Até pra semana.
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