Sexta-feira manhã de sol, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Chico) _Bom dia, como vai Zé?
(Zé) _ Bom dia Chico, vou bem! E tu como vai?
(Chico) _Vou bem Zé. E essa farinha ainda ‘tá’ o mesmo preço ou dobrou de preço igual p arroz?
(Zé) _ A farinha ‘tá’ igual agente produz aqui mesmo. Mas o arroz que vem de fora ‘tá’ uma carestia arretada.
(Chico) _Eles diz que é por que os fazendeiros do Brasil vende pra fora do país, pra ter mais lucro, deixa faltar pro povo.
(Zé) _Teu presidente foi dizer que é porque o pobre ‘tá’ comprando mais comida com o auxílio e que é pros dono de supermercado baixar o preço.
(Chico) _O problema é sempre o pobre. Quer dizer quando o pobre voltar a passar fome vai ter de mais, aí abaixa?
(Zé) _ E quem é que vai reduzir seu lucro?
(Chico) _Nunca vi na vida tanta incompetência reunida num governo só.
(Zé) _Ele tá é passando a mão no dinheiro do povo, com aquele banqueiro que se diz ministro o Paulo Guedes.
(Chico) _Deu uma “facada” no Banco do Brasil pro banco dele BTG.
(Zé) _E o problema é o pobre.
(Chico) _E essas eleições? Como é que neguinho vai fazer sem poder ‘tá’ abraçando o pobre?
(Zé) _Eles sempre dão um jeito. Vão comprar voto com gasolina. Haja carreata.
(Chico) _ E quem se ferra é o pobre.
(Zé) Só sei que é cada coisa que a gente vê.
(Chico) _esse ano mesmo não teve desfile da independência por causa da pandemia.
(Zé) _Aí um caso: mesmo sem desfile o Bolsonaro foi falar besteira na televisão e aí fizeram panelaço.
(Chico) _Quando essa doença passar o povo vai pra rua.
(Zé) _Tem que ir. E tem que votar consciente já nessa eleição.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou indo.
(Zé) _Mande lembrança pra dona Bina.
(Chico) _ ‘Tá’ certo, dê lembrança a Maria e ao pessoa lá.
Até sexta.
(Zé) _ Até semana que vem.
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