Desde terça feira (3/11/2020) que o estado do Amapá ficou sem energia elétrica. Um incêndio no transformador 1 da Subestação de Macapá, ...

Amapá é outro país?


Desde terça feira (3/11/2020) que o estado do Amapá ficou sem energia elétrica. Um incêndio no transformador 1 da Subestação de Macapá, pegou fogo por volta das 20h40 levou ao desligamento automático da linha de transmissão causando um apagão em treze dos dezesseis municípios do estado deixando 778 mil brasileiros sem eletricidade.

Como tudo em nossas vidas modernas depende da energia elétrica os moradores ficaram sem abastecimento de água (o bombeamento para distribuição depende), alimentos ficaram estragados (geladeira depende), postos com combustível sem ter como vender (para bombear depende), hospitais no escuro em plena pandemia e ruas desertas ao anoitecer, sem internet (também depende).

Sem eletricidades filas se formaram para sacar dinheiro, as filas enormes para abastecer carros, para pegar agua nos carros pipas fornecidos pelas prefeituras. 

 O serviço de distribuição e fornecimento da energia elétrica no estado foi privatizado, a empresa espanhola Isolux responsável pela sub estação não possuía transformador para backup e nem se quer técnicos suficientes para restaurar o fornecimento no dia seguinte. O socorro veio com a pública Eletrobrás que enviou técnicos do Pará, Maranhão e Rondônia para ajudar no reparo.

Somente no sábado(7/11/2020) cinco dias, que a energia voltou a ser fornecida em alguns bairro da capital Macapá. O governo assegurou que em dez dias a eletricidade voltará a ser fornecida normalmente no estado. A demora é porque um novo gerador só deve chegar em duas semanas, o peso cerca de 100 toneladas e a viagem de barco dificultam ainda mais a logística operacional.

Do Viomundo e do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens): “A fragilidade da empresa espanhola Isolux não é novidade para a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Em 2017, a agência constatou que a companhia descumpria os prazos do cronograma de obras e não possuía capacidade financeira para implantar os projetos que havia arrematado em leilão.

Assim, a diretoria da ANEEL recomendou ao Ministério de Minas e Energia a cassação de dois contratos de linhas de transmissão que estavam no domínio da empresa que estava em recuperação extrajudicial.”

E se a situação ocorresse no Rio de Janeiro ou em São Paulo a grande mídia estaria somente focada nas eleições americanas? Temos de fato uma divisão enorme para os políticos entre o brasileiros do Sul-Sudeste-Centro oeste e os brasileiros do Norte e Nordeste do país. Acaso o Amapá fica em outro país?

Nota: As eleições estão mantidas para 15 de novembro no estado, que ainda não possui totalmente a energia religada.

 

Fontes: Viomundo e Brasil de Fato.

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