Os depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado Federal chegaram até os responsáveis pelas irregularidades na compra de lotes da vacina indiana Covaxin e da Bharat Biotech, então contratada pelo governo com intermediação da farmacêutica brasileira Precisa Medicamentos.
Só que estes responsáveis usam farda verde oliva. Sim são do exército! O que fez com que o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, publicasse nota dizendo que: “as Forças Armadas reagiriam se a CPI se aventurasse a constranger o coronel Franco e o ministro Pazuello”, após o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM) ter dito que era necessário investigar a banda podre do exército, os militares envolvidos no caso da propina das vacinas.
A CPI prendeu o depoente Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde que teria cobrado uma propina US$ 1 por dose de vacina ao cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, Luiz Dominguetti, durante a negociação de 400 milhões de unidades do imunizante produzido pelo laboratório britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.
Roberto Dias chegou a dizer aos senadores que o encontro com o PM vendedor de vacinas foi acidental e negou ter negociado a compra de imunizantes em nome do Ministério da Saúde. O que os senadores tinham prova de ser mentira. Depois de preso dias pagou fiança e responde em liberdade.
A senadora Simone Tebet e o senador Randolfe Rodrigues fizeram uma lista de militares supostamente envolvidos na trama. Saõ eles:
Ex-sargento da Aeronáutica Roberto Dias, diretor de Logística do Ministério da Saúde; Coronel Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde; Coronel Marcelo Blanco, ex-diretor substituto de Logística do Ministério da Saúde, convertido em lobista; Coronel do Exército Cleverson Boechat Tinoco Ponciano, ex-coordenador-geral de Planejamento do Ministério da Saúde; Coronel Marcelo Pires, ex-diretor de Programas do Ministério da Saúde; Tenente-coronel Alex Lial Marinho, ex-coordenador-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para o Ministério da Saúde; Coronel Gláucio Otaviano Guerra, assessor do adido militar do Brasil em Washington (fez o contato entre Cristiano e a Davati); Coronel Guilherme Filho Odilon (ainda não totalmente identificado) Coronel Alexandre Martinelli Cerqueira, ex-subsecretário de Assuntos Administrativos do Ministério da Saúde; Major Handerson, da Força Aérea Brasileira (ainda não totalmente identificado) Coronel Hélcio Bruno, do Instituto Força Brasil, uma ONG bolsonarista.
E não é só no caso da tentativa de compras de vacinas em troca de propina que o exército está envolvido Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) diz que as Forças Armadas usaram R$ 4,1 milhões que deveriam ser destinados para combate à pandemia para outras finalidades. Além de R$ 9,6 milhões que possuem “pendência de comprovação” da relação com medidas de enfrentamento da pandemia.
Não bastasse os militares brasileiros terem mostrado ser especialistas em desvio de verba, reportagem de hoje do jornal Folha mostra o desvio de vacinas.
“O MPF (Ministério Público Federal) em Brasília constatou que uma lista sigilosa com nomes foi enviada diretamente ao Exército para que 130 funcionários da (Abin) Agência Brasileira de Inteligência fossem vacinados com todos os militares (as três Forças Armadas) que estão sendo imunizados de forma privilegiada em Brasília, contra a Covid-19, sem o aval de técnicos do PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde.”
Não bastasse a cobrança de propina ainda furaram a fila da vacinação se auto determinando como prioritários em receber as doses. Pro povo em Manaus e outras cidades o exército distribui cloroquina pra eles prioridade na vacina.
O Brasil possui um exército que interrompe a vida dos próprio compatriotas!
Fontes: Brasil de Fato e Folha de São Paulo
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