(Foto: Daniel Beltrá/Greenpeace)     Os incêndios que se alastram pela Amazônia tornaram-se uma grande preocupação mundial ao...

Amazônia pede socorro


(Foto: Daniel Beltrá/Greenpeace)

    Os incêndios que se alastram pela Amazônia tornaram-se uma grande preocupação mundial ao longo dos últimos dias. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil vive a maior onda de queimadas dos últimos cinco anos. Somente em 2019, o número de 7.003 focos de incêndio foi registrado.
No dia 22 de agosto ocorreram protestos em Buenos Aires, Londres, Paris, Madrid, Amsterdã, Lisboa, Barcelona, Genebra, Nápoles, mas também em Mumbai, na Índia, e em Nicosia, no Chipre. Toda esse mobilização foi para alertar da destruição da floresta Amazônica e como isso pode prejudicar ainda mais a crise do clima.
No Brasil, as maiores manifestações aconteceram em São Paulo, Brasília, Salvador e Rio de Janeiro.
O presidente da Bolívia, que é indígena, Evo Morales mobilizou helicópteros e soldados para formar uma frente de combate ao fogo e mandou trazer um avião 747 adaptado para combater incêndios, esse modelo já foi utilizado para combater os grandes incêndios florestais ocorridos na Califórnia, recentemente.
No Brasil, onde fica a maior parte da floresta e onde há maiores focos de incêndio o presidente só se manifestou após ameaça da União Europeia em não cumprir o acordo com o Mercosul.
Manifestantes ocupam as ruas de diversas cidades do Brasil e também de outros países desde sexta-feira (23) em protestos contra as queimadas na Floresta Amazônica e a política ambiental do governo de MIjair _ opa, digo Jair _ Bolsonaro (PSL) e contra o capanga _ digo, ministro_ do Meio Ambiente Ricardo Salles.
As mobilizações foram organizadas pelas redes sociais após a repercussão internacional sobre os incêndios que devastam a maior floresta tropical do mundo há semanas.
A destruição da flora resulta também na destruição da fauna. A carbonização é a primeira consequência sentida pelo reino animal. As espécies que não morrem de imediato podem sofrer ferimentos incapacitantes ou letais.
Outra perda são os micro-organismos vertebrados e invertebrados que vivem no solo. Minhocas, aracnídeos, uma série de outros insetos. Eles são eliminados conforme o fogo passa, o calor acaba com eles. E essa fauna do solo é fundamental para manter toda a floresta em pé.
Devido ao tempo seco comum a esta época do ano, as zonas de florestas do país tornam-se mais suscetíveis a incêndios. Porém, as chamas da última semana têm origem, majoritariamente, na ação predatória de fazendeiros. É o que mostra o Brasil de fato: (Veja aqui).
“Em busca de expansão das áreas de pastagem ou para plantações de soja, os produtores organizaram o DIA DO FOGO em 10 de agosto. Neste dia, em Novo Progresso, no Pará, aconteceram 124 focos de queimadas. No dia seguinte, foram 203 casos. A ação se espalhou por outras regiões nos dias seguintes.
Na quinta-feira (22), Emmanuel Macron, presidente da França, convocou o G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), para discutir os incêndios da Amazônia, considerados por ele uma crise internacional.”
Apenas após a pressão internacional, na tarde desta sexta-feira (24), o presidente do PSL assinou um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que autoriza o emprego das Forças Armadas na Amazônia.
Conforme o documento, que será publicado em edição extra do Diário Oficial da União, militares poderão atuar em "áreas de fronteira, terras indígenas, unidades de conservação ambiental e em outras áreas da Amazônia Legal".
Essa medida é só pra dizer que tomou alguma atitude, pois é sabido que durante a campanha ele já se declarava inimigo do meio ambiente e favorável à destruição da floresta para expansão do agronegócio. 


Fonte: Brasil de Fato

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