Mais uma manhã de sábado com sol na feira livre em
Irará, seu Zé está vendendo sua farinha e seu feijão, as oito horas e meia
Chico chegou pra comprar sua farinha:
(Zé) _Bom
dia Chico como vai?
(Chico) _ Bom
dia Zé vou bem. E você?
(Zé) _Vou
bem, tudo em paz.
(Chico) _ Essa
semana quarta e quinta-feira suspenderam as aulas porque fizeram outra
paralisação contra o governo.
(Zé) _ Foi os
meninos falaram lá. 48h dessa vez.
(Chico) _ É que esse
louco ‘tá’ querendo acabar mesmo com a educação.
(Zé) _ Aquele infeliz. Antes dele acabar com a gente a
gente acaba com ele.
(Chico) _ Tem que ser
assim mesmo, só fica nessa conversa de previdência, eles querem é que o pobre não
se aposente mais.
(Zé) _ Pois é! Agora a deles é garantida. Deputado, presidente tudo com aposentadoria gorda.
(Chico) _ A lei pra
eles é uma pro pobre é outra.
(Zé) _Como é que
pode Chico, se um juiz é preso roubando eles pega e aposenta o cara, agora um
pobre mofa no presídio esperando ser jugado.
(Chico) _ É um absurdo
mesmo!
(Zé) _ Tem que
acabar essa diferença entre rico e pobre, pra eles pobre nem é gente.
(Chico) _Pior é o
pobre que vota nos poderosos. Desse jeito não acaba nunca com as diferenças.
(Zé) _ Verdade. Já passou
da hora do povo acordar pra isso.
(Chico) _ Veja só, o
juiz que ajudou o cara a ganhar é ministro dele.
(Chico) _Tudo planejado
por essa quadrilha.
(Zé) _ E ainda acham
certo a polícia assassinar pobre inocente. O povo tem que abrir o olho.
(Chico) _ Zé o papo ‘tá’
bom mas eu preciso ir. Passa minha farinha.
(Zé) _Pronto Chico.
Até sábado.
(Chico) _Até.
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