O petróleo que começou a sujar as praias do Nordeste
brasileiro no início de setembro já é o pior desastre ambiental da história do
Brasil em faixa contínua, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama), atingiu praias de todo o litoral
nordestino.
O petróleo já em estado viscoso devido o tempo que
ficou no mar, passando pelo processo de emulsificação, é uma ameaça
ecossistemas como manguezais, áreas de estuário e recifes de corais. Além do
dano causado à vida marinha, o petróleo vazado causa prejuízo aos pescadores
que sobrevivem da atividade, aos barraqueiros que pararam de vender com a
diminuição de frequentadores nas praias e também agências de viagem já que
começa o período de alta temporada no setor de turismo.
O vazamento poderia ter sido melhor controlado caso o
governo tivesse colocado em prática o Plano Nacional de Contingência para
Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional, previsto no
decreto número 8.127, de dezembro de 2013.
Foram achados barris sem em praias atingidas com seus
rótulos, com o número do lote e a data de enchimento, da fabricante Shell.
Mesmo que o comprador não seja o responsável, sempre devem haver registro de
quem recebeu e reutilizou os barris e qual embarcação pode ser a responsável do
seu lançamento ao mar.
A fonte do óleo, pode ser um petroleiro de qualquer
nacionalidade, circulando pelo Oceano Atlântico, entre a América e a África, no
entanto para o governo o óleo é da Venezuela e é um ataque ao leilão do
pré-sal.
Nenhuma medida foi tomada pelo governo, não foram dadas
informações à população, não foi feito o resgate e tratamento dos animais
afetados, não foi criado o comitê diretor do plano de contingenciamento, não
foi criado um limite temporário de pesca e consumo de peixe.
Os serviços de limpeza dos municípios com praias
atingidas juntamente com os voluntários já recolheram mais de 60 toneladas de
óleo. Vídeos circulam nas redes sociais com imagens de animais que foram
atingidos, tartarugas e caranguejo.
Justiça Federal em Pernambuco, Sergipe e Alagoas
determinaram que o governo de Jair B. (PSL) inicie imediatamente a implantação
de medidas de contenção e reparo relativas ao vazamento de óleo cru de petróleo
nos dois estados. Só hoje o Vice Mourão disse que o exército irá contribuir no
recolhimento do material nas praias do Nordeste brasileiro.
O governo inerte deixa a poluição destruir tudo,
primeiro a floresta amazônica depois o pantanal e agora os corais e praias.
Desse jeito nem os brasileiros irão sobreviver, como diz o Xote Ecológico de
Luiz Gonzaga:
“Cadê a flor que estava aqui?
_Poluição comeu
O peixe que é do mar?
_ Poluição comeu
Nem o Chico Mendes Sobreviveu!”
Fontes: Brasil de Fato, Tijolaço.
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