Mais uma manhã de sábado com sol na feira livre em Irará, seu Zé está vendendo sua farinha e seu feijão, por volta das oito horas C...

Dia de feira


Mais uma manhã de sábado com sol na feira livre em Irará, seu Zé está vendendo sua farinha e seu feijão, por volta das oito horas Chico chegou pra comprar sua farinha:

 (Zé) _ Bom dia Chico, como vai?
(Chico) _Bom dia Zé, vou bem! E tu?
(Zé) _ Bem também.
(Chico) _E a farinha já subiu?
(Zé) _Subiu um pouquinho, sem muita farinha por agora.
(Chico) _Mas mesmo com a chuva de terça?
(Zé) _ Graças a Deus que choveu agora a plantação cresce.
(Chico) _E o capim será que cresce?
(Zé) _ Por que Chico tu tá preocupado com o capim?
(Chico) _ Porque a carne subiu e o capim é comida do gado.
(Zé) _ Ah sim. O miserável falando besteira, subiu dólar e lá vai subindo o bujão, a gasolina e agora a carne.
(Chico) _E o salário? Aquele corno tirou foi dez reais do aumento.
(Zé) _ Pois é pra ele e os filhos é trinta, cinquenta mil, pro pobre só mil e trinta.
(Chico) _E a nora ainda diz que passa perrengue com salário de trinta e três mil fora os auxilio que o marido recebe.
(Zé) _ E o pobre passa pelo quê? Já vi que eles querem que o pobre coma pedra.
(Chico) _Bando de bandido não ‘tão’ nem aí pro pobre.
(Zé) _Espero que o povo abra o olho já nessa eleição de prefeito. 
(Chico) _É bom, aqui mesmo a coisa não está boa.
(Zé) _ Pois é! O povo aqui não faz protesto o jeito que tem é dá a resposta na eleição.
(Chico) _ Mas aquele louco lá das milícias se ficar quatro anos vai acabar o Brasil.
(Zé) _Verdade. Pior é que tem besta que acha que ele vai consertar.
(Chico) _Só os fãs, tudo cego, são miliciano que nem ele.
(Zé) _ Vamos ver no que vai dá.
(Chico) _ Me dê a minha farinha pra comer com ovo frito. Até sábado.
(Zé) _ Até Chico.

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