Quinta-feira manhã ensolarada, véspera de Natal, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Zé) _ Bom dia Chico!
(Chico) _Bom dia Zé! E essa feira aí hoje, o movimento?
(Zé) _Tá grande muita gente na rua.
(Chico) _O pessoal trazendo o vírus pro interior não é?
(Zé) _Nem fale hoje quase que não vinha. Mais pelo menos o povo ‘tá’ usando máscara.
(Chico) _E o Brasil já vai dobrando as 100 mil mortes, o povo fazendo festa fora de hora.
(Zé) _Quem tem consciência não vai pra festa nenhuma esse ano, mas o exemplo vem de cima.
(Chico) _Nem fale com tanto caso aumentando o presidente foi tirar férias e pescar.
(Zé) _São os maiores culpados. O povo também tá errado em desacreditar da doença, mais muitos estão nem aí por causa do incentivo deles.
(Chico) _ Até o governador de São Paulo que fica nessa guerra com ele pela vacina foi pra ‘maiami’.
(Zé) _Os políticos sabem que se eles pegar tem UTI já na porta de casa. Veja só Bolsonaro quando pegou!
(Chico) _Isso que o povo que tá indo protestar contra a vacina tem que ver. Pra ele tem dez quinze médicos a disposição pro povão não.
(Zé) _Esse povo que faz esses protestos pensa que o plano de saúde deles vai até ressuscitar eles se pegarem a doença.
(Chico) _Pois é. Bando de egoísta.
(Zé) _Mas mesmo ele atrasando uma hora essa vacinação vai ter que sair.
(Chico) _Zé me dá minha farinha que já vou e um bom Natal pra você e sua família.
(Zé) _Bom Natal pra você também e todo mundo lá. Até pra semana.
(Chico) _Até!
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