Sábado manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear.
(Chico) _Bom dia, Zé! Como vai?
(Zé) _Vou bem, bom dia. E tu?
(Chico) _Vou bem, com saúde, andando, falando...
(Zé) _É o que importa o resto a gente corre atrás.
(Chico) _ ‘Tô’ correndo também é da carestia, tomate, batata, tudo caro.
(Zé) _E a tendência é piorar.
(Chico) _Esse governo é só dano cipoada no lombo do pobre.
(Zé) _Só esses combustíveis que sobem todo dia, o caminhoneiro aumenta o frete e aí os barraqueiro repassa pras verdura e fruta.
(Chico) _Mas ‘tá’ geral, você entra no supermercado com cinquenta reais não dá pra nada.
(Zé) _E se o povo não abrir o olho vai ficar pior. Deixaram a praga se multiplicar. Quatro anos é muita coisa.
(Chico) _Falando nisso, aqui na Bahia o Wagner pulou fora não foi?
(Zé) _Foi mesmo. Sendo que ele nem ia perder a vaga no senado.
(Chico) _E botaram o secretário de educação.
(Zé) _Ninguém conhece, mas Rui ninguém conhecia.
(Chico) _Vamos ver se vai ao menos chegar no segundo turno.
(Zé) _Daqui pra outubro ainda tem é coisa pela frente.
(Chico) _Pois é! Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _Doido apostando tudo não vai faltar.
(Chico) _Até pra semana!
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