Mais uma manhã de sábado ensolarada em Irará, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas chega a...

Feira Livre 210

 

Mais uma manhã de sábado ensolarada em Irará, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas chega até ele seu freguês Chico:

(Chico) _Bom dia Zé! Como vai?

(Zé) _ Vou bem, bom dia! E tu?

(Chico) _Vou bem também, com saúde.

(Zé) _Esse calor todo, choveu muito por aqui.

(Chico) _Nem uma gota.

(Zé) _Lá na roça caiu uma chuva boa quinta.

(Chico) _Vi as nuvens, só foi até lá.

(Zé) _ E esse caso dos caras daqui da Bahia escravizado na lavoura de uva?

(Chico) _Nem fale, ainda hoje escravizam o pobre.

(Zé) _ Uma vergonha!

(Chico) _E o miserável que contratou nem ficou preso, pagou fiança e tá solto.

(Zé) _ Desse jeito vai continuar, porque a justiça só dá no lombo do pobre.

(Chico) _Esse é o problema quem tem dinheiro não vai preso.

(Zé) _ D’está que um dia a tapioca vira.

(Chico) _Me dá minha farinha, que já vou. Não sei nem se vou estar ainda aqui quando isso acontecer.

(Zé) _Nem eu, mais que vai, vai!

(Chico) _Até pra semana!

(Zé) _Até sábado!

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