O caso dos Trabalhadores, que atuavam na carga e descarga e na colheita de uvas, das vinícolas Salton, Garibaldi e Aurora vivendo em situação de escravidão é algo estarrecedor apesar de não ser um caso isolado. Porém esses sofriam maus tratos e agressões, incluindo o uso de choques elétricos, spray de pimenta e cassetetes.
O trabalhadores foram resgatados na semana passada numa operação conjunta da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com o Ministério Público do Trabalho (MPT-RS), a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal em Bento Gonçalves no rio Grande do Sul. Dos 207 (duzentos e sete) resgatados a maioria era da Bahia.
Os trabalhadores foram contratados por aliciadores de mão de obra na Bahia e trazidos para a Serra Gaúcha para trabalharem para uma empresa terceirizada que presta serviços a essas vinícolas. Caso foi denunciado por um grupo de trabalhadores conseguiu fugir do esquema e procurou a PRF em Porto Alegre.
Os trabalhadores disseram que trabalhavam das 5h às 20h, com folgas somente aos sábados, eram impedidos de sair do local e que, se quisessem sair teriam que pagar a suposta "dívida" e só podiam comprar produtos em um mercadinho em frente com preços superfaturados e que o valor gasto era descontado no salário.
Segundo a PRF, o responsável pela empresa que mantinha os trabalhadores nestas condições é natural de Valente-BA foi preso e encaminhado para a Polícia Federal, depois pagou fiança de R$40.000,00 (quarenta mil reais) e foi solto.
Em seguida o vereador Sandro Fantinel (Patriota), da câmara de Bento Gonçalves tratou com racismo aos baianos no seu discurso no plenário da câmara e disse que as empresas deviam contratar argentinos.
O discurso do vereador foi o carimbo que demonstra que uma elite racista ainda é a favor da escravidão de pobres e negros para aumentarem suas riquezas.
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