Mais uma manhã de sábado ensolarada em Irará, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas até ele seu freguês Chico:
(Zé) _ Bom dia Chico! Como vai?
(Chico) _Bom dia Zé, tudo em paz! E tu?
(Zé) _ Tudo bem graças a Deus! Com saúde o resto a gente corre atrás.
(Chico) _E chuva?
(Zé) _Só fez baixar poeira. D’está que a trovoada vai vim.
(Chico) _Pelo menos refrescou, que o calor ‘tava’ demais.
(Zé) _Que bom se o Natal fosse de chuva.
(Chico) _Faz uns cinco anos que choveu dia de Natal.
(Zé) _E o governo demorando em combater a seca.
(Chico) _É mesmo? E os carro pipa.
(Zé) _ Quando chega a água não dá para nada, cinco seis família, não dura uma semana.
(Chico) _E o STF e a PGR os dois lá foram aprovado.
(Zé) _ Meu amigo deve ‘tá’ correndo é dinheiro que eu nunca vi os deputados aprovar e votar tanta coisa em duas semanas.
(Chico) _Também ‘tô’ admirado, mais isso são as emendas.
(Zé) _ Botando lenha a Maria fumaça andou nesse mês.
(Chico) _E haja lenha... Pra isso aí não falta verba.
(Zé) _Falando em gastar dinheiro com bobagem, tu foi ver o pisca na praça.
(Chico) _Fui nada. Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _ Até Sábado!
(Chico) _Até pra
semana!
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