A população da capital do estado de Alagoas vive um drama, os bairros próximos da Lagoa Mundaú (Bebedouro, Bom Parto, Farol, Mutange e...

A capital que afunda

 

A população da capital do estado de Alagoas vive um drama, os bairros próximos da Lagoa Mundaú (Bebedouro, Bom Parto, Farol, Mutange e Pinheiro, além da localidade de Flexal) estão afundando devido à exploração do sal-gema, mineral retirado do solo da cidade de Maceió pela Braskem.

As minas que são cavernas abertas para extração do sal-gema correm risco iminente de colapso após 5 abalos sísmicos (terremotos) registrados só em novembro. O problema começou em 2018, quando começaram a ser sentidos os efeitos da extração do sal-gema pela população com rachaduras nas casas.

A cada ano, aumenta o número de bairros e famílias diretamente impactadas cerca de 60 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. A escavação para exploração das jazidas de sal-gema pela Braskem na capital alagoana durou cerca de 40 anos. O afundamento aconteceu pois a região tem uma falha tectônica.

Até o momento, a Braskem não foi responsabilizada judicialmente pelos crimes cometidos, embora tenha feito acordos com o poder público para pagamento de indenizações de valores muitas vezes insuficientes para cobrir os prejuízos.

E se fosse em outra capital? São Paulo ou Rio de Janeiro, será que a situação de afundamentos de bairros inteiros seria tratada com o descaso em que é tratada Maceió?

O Senado Federal instalou a CPI da Braskem (Comissão Parlamentar de Inquérito) no dia 13/12. O senador Omar Aziz (PSD-AM) foi indicado como presidente da CPI, o relator do colegiado deve ser o senador Renan Calheiros (MDB-AL), mas a escolha só se dará em fevereiro, na volta do recesso parlamentar. Até lá os Maceioense e todo o Brasil terá de aguardar.

Que não acabe em Pizza e que os responsáveis por essa tragédia ambiental urbana sejam punidos.

0 comentários: