Mais uma manhã de sábado ensolarada em Irará, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas até ele seu freguês Chico:
(Zé) _Bom dia Chico como foi de Natal?
(Chico) _Bem Zé! Bom dia! E o amigo?
(Zé) _Bem também, tudo em paz!
(Chico) _Com saúde que é o mais importante.
(Zé) _ Não vai viajar não?
(Chico) _Não. ‘Tá’ um subir e descer de gente onde era a rodoviária.
(Zé) _Onde era?
(Chico) _Sim tem quantos anos que tá abandonada com o teto caindo?
(Zé) _Isso é, faz vergonha.
(Chico) _E nem bem chegou o ano novo o povo só fala em eleição.
(Zé) _O povo é descarado. Olhe lá o deputado miliciano que votaram.
(Chico) _O vereador caçado não elegeram aqui também.
(Zé) _Qualquer dinheiro o povo vende o voto.
(Chico) _Por isso que nada vai pra frente o eleitor é quem se prostitui.
(Zé) _Depois quer cobrar trabalho. Como? Com que moral.
(Chico) _A pois, a gente pode cobrar, que nem eu nem tu deve nada a político!
(Zé) _ E eles ainda rouba da gente também!
(Chico) _Me dá minha farinha. Parece que nossa prosa não vai mais ser gravada.
(Zé) _ Parece que é das últimas que vão anotar.
(Chico) _Feliz ano novo pra você e sua família!
(Zé) _Feliz ano novo pra todos os seus também!
(Chico) _Muita paz!
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