Mais uma manhã de sábado ensolarada em Irará, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas até ele seu freguês Chico:
(Chico) _ Bom dia Zé! Como vai?
(Zé) _Bom dia, vou bem! E o freguês?
(Chico) _Estou bem, com saúde o resto a gente corre atrás.
(Zé) _É isso mesmo. E já é dezembro encerrando o ano.
(Chico) _Acabou Novembro sem uma gota de chuva.
(Zé) _ E até pela rua o pessoal reclamando da seca.
(Chico) _Oxe! Se não cai água. A embasa tá liberando umas gotas, agora o recibo só vem caro.
(Zé) _ Tudo bem que tem a seca, mas eles não tratam do reservatório, não chega no cano?
(Chico) _O cano só tem chegado vento.
(Zé) _ E tu viu Chico que a gente vai ter de pagar passagem área pra os ministros.
(Chico) _Pra isso aí tem dinheiro, nunca é despesa. Sempre as regalias pra eles, o pobre até água falta.
(Zé) _ Nem fale! Tanta ladainha de zerar o déficit, não sei que, mas sempre aumentando os gastos em Brasília.
(Chico) _Um absurdo atrás do outro. O rico e o pobre enquanto tiver essa diferença nada muda.
(Zé) _E ainda tem o caso do minério da brasken em Maceió.
(Chico) _O caso da mina, diz que vai desabar as casas.
(Zé) _É capaz, sendo casa de pobre ninguém liga.
(Chico) _Sempre assim. Me dá minha farinha.
(Zé) _ D’está que um dia isso acaba.
(Chico) _Será?
(Zé) _A monarquia acabou, falta a regalia.
(Chico) _Tomara que seja logo.
(Zé) _ Quando Deus mandar vai acabar.
(Chico) _Até pra semana!
(Zé) _Até Sábado!
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