Os eleitores venezuelanos aprovaram, em referendo nesse domingo (03/12), a transformação do território de Essequibo em um estado da Venezuela. O território faz parte da Guiana ex-colônia da Inglaterra, que só conquistou a independência em 1966 (fim do século XX).
Desde que conquistou sua independência em 1824, a Venezuela reivindicou a área de terra a oeste do Rio Essequibo. Simón Bolívar escreveu ao governo britânico alertando contra os colonos de Berbice e Demerara que se estabeleceram em terras que os venezuelanos, como herdeiros de reivindicações espanholas na área durante o século XVI, reivindicavam ser deles. Em 1899, um tribunal internacional determinou que a terra pertencia à Grã-Bretanha.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, 10,5 milhões de eleitores participaram do referendo, dos quais 95,93% aceitaram incorporar oficialmente Essequibo ao mapa do país e conceder cidadania e documento de identidade aos mais de 120 mil guianenses que vivem no território.
A Guiana considera o referendo "provocativo, ilegal, inválido e sem efeito legal internacional” e afirma que não tem dúvidas sobre a validade do Laudo Arbitral de 1899, que estabeleceu a atual fronteira entre os dois países.
A Guiana também está em disputas fronteiriças com o Suriname, que reivindica a área a leste da margem esquerda do Rio Corentyne e o Rio New, no sudoeste surinamense. Pequenas áreas disputadas específicas envolvendo a Guiana são a Ilha Anacoco com a Venezuela; Rio Corentyne e a Região de Tigri com o Suriname, uma área florestal triangular entre os rios Upper Corentyne, Coeroeni e Kutari.
E o que mudou nos últimos anos para deixar essa disputa territorial tão acirrada? Em 2015 a ExxonMobil descobriu petróleo na área reivindicada. Pretendendo explorar as jazidas no mar amazônico da região.
Como tem petroleira das 5 irmãs o Estados Unidos já tiveram a frota do Sul acionada pelo governo da Guiana.
Energia renovável? As guerras continuam tendo como pano de fundo os combustíveis fósseis, o gás na Ucrânia e em Gaza, o petróleo na Síria e no Iraque e agora no único continente em paz (sem guerras entre nações) a América do sul.
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