O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (18), por 7 votos a 1, a proposta do governo para a privatização da Ele...

Apagão Brasil

 

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (18), por 7 votos a 1, a proposta do governo para a privatização da Eletrobras. Com o aval da corte de contas, o controle da maior empresa de energia do país e de toda América Latina deve ser vendido ainda neste ano.

A empresa é de suma importância para os brasileiros. Já imaginou sua casa sem eletricidade?

O Estado foi quem assumiu a geração e distribuição de energia elétrica desde o início da inserção da eletricidade no Brasil, você pensa que alguma empresa levaria cabos e mais cabos de fiação pelos sertões e florestas em povoados isolados com alto custo e retorno a longo prazo?

A criação da Eletrobras foi proposta em 1954 pelo então Presidente Getúlio Vargas, como parte do projeto de desenvolvimento de Vargas. Desde aquele momento as elites queriam se apoderar imaginando os altos lucros que a eletricidade lhes disponibilizaria, o Estado seria um dos principais compradores.

 O projeto enfrentou intensa oposição no Congresso Nacional. Em 25 de abril de 1961, sete anos depois, o então Presidente Jânio Quadros assinou a Lei 3.890, que autorizava a União a constituir a Eletrobras.

A estatal também é dona, em nome do governo, de 50% do capital da Itaipu Binacional, a segunda maior usina hidrelétrica do mundo.

Desde 2017, quando o presidente Michel Temer (MDB) deu início às discussões oficiais para privatização da empresa no Congresso Nacional. O projeto seguiu com o governo de Jair Bolsonaro (PL) até o Pleno do Tribunal de Contas da União (TCU) retomar o julgamento da segunda e última etapa do processo de desestatização.

O governo que é o acionista controlador da empresa, escolheu realizar a privatização na forma de capitalização, ofertando novas ações da Eletrobras na bolsa de valores. A participação da União será reduzida para menos de 50%, mas ainda terá como garantia uma ação preferencial e exclusiva que lhe dará poder de veto nas questões estratégicas.

Com a privatização, a empresa vai alterar o modelo de venda de energia produzida pelas usinas hidrelétricas da estatal, irão vender energia a preço de mercado. Como ocorre com os combustíveis.

Que tal conta de luz atrelada ao valor do dólar?

Lembram do que ocorreu no Amapá ano passado? A empresa Isolux deixou um estado por dias sem eletricidade.

O governo está transformando o Brasil, esse país enorme, numa vila energeticamente dependente. Dependeremos cada vez mais do gás da Bolívia, do petróleo da Venezuela, dos combustíveis vendido pelas empresas estadunidenses e agora entregaremos nossos rios represas e hidrelétricas aos lobos famintos do mercado financeiro.

Veja: governo entreguista!

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