Em Setembro a Bahia passou por uma grande onda de violência com confrontos entre a polícia e o crime organizado. Dentre os integrantes...

Crime organizado e nova onda de violência

 

Em Setembro a Bahia passou por uma grande onda de violência com confrontos entre a polícia e o crime organizado. Dentre os integrantes de facções criminosas ou suspeitos de outros crimes houve troca de tiros que levou amais de 40 mortos no mês de Setembro.

A Polícia Federal (PF) e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) lançaram uma Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) no estado, forças do exército também foram convocadas para restabelecer a paz no Estado.

Traficantes perseguidos pela polícia passaram a invadir casas de moradores e faze-los de refém em Salvador. Na região metropolitana da capital baiana e também no interior a onda de violência aumentou o número de homicídios. Suspeita de que as facções criminosas estejam comandando esses territórios. 

Em Outubro no Rio de Janeiro a morte do sobrinho do miliciano Zinho, pela Polícia Civil, fez com que o crime organizado provocasse o caos na capital fluminense, na Zona Oeste, com o incêndio de 35 ônibus e 1 trem.

O Governo Federal implementou operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em três portos e dois aeroportos do país para combater a atuação de grupos criminosos que atuam sobretudo no estado do Rio de Janeiro. Os portos do Rio de Janeiro, de Santos (SP) e de Itaguaí (RJ), além dos aeroportos do Galeão (RJ) e Guarulhos (SP) passaram a ter 3,7 mil militares das três Forças atuando no policiamento.

A operação vai colocar sob comando dos militares áreas que já são de administração federal, e não vão entrar nas atribuições de polícias dos estados. Os militares também vão reforçar o policiamento nas fronteiras dos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso com outros países.

 

Corrupção na segurança pública

E o furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de em Barueri–SP?

A ausência do armamento que estava no Arsenal de Guerra em Barueri foi notada em 10 de outubro, durante uma inspeção. Faltavam 21 metralhadoras, sendo 13 de calibre ponto 50 e 8 de calibre 7,62. Até o momento, das 21 metralhadoras que sumiram, 17 foram encontradas. 9 foram encontradas no estado do Rio de Janeiro e 8 em São Paulo.

Não é a primeira vez que ocorre desvios de armas nas forças armadas, porém esse foi bem noticiado na grande mídia. O Exército informou nesta 5ª feira (26.out.2023) que decidiu prender administrativamente 17 militares pelo furto e demitiu o diretor de arsenal de guerra.

Em Junho a polícia federal prendeu na Bahia quatro policiais militares, um investigador e um traficante, em operação contra grupo de extermínio. As ações articuladas foram desencadeadas nas cidades de Jacobina, Santa Luz, Valente, Santa Bárbara, Cansanção e Nordestina.

Em Outubro a mesma operação prendeu um investigador da Polícia Civil na cidade de Valente, além de cumprir seis mandados de busca e apreensão contra um delegado e quatro policiais militares nos municípios de Santaluz e Conceição do Coité, também no interior da Bahia.

Como combater o crime se os que deveriam defender os cidadãos são também criminosos vestindo farda?

Se a corrupção fosse de políticos ou desvio de alguma verba para segurança todos os jornais televisivos e impressos estariam a semana inteira cobrando justiça. Mas a corrupção começa nas pequenas ações e desencadeia grandes problemas.

Um furto de metralhadora, ou qualquer outra arma, do estado para ser vendidas a bandidos será usada para matar os colegas de farda dos que venderam.

Policiais que usam suas armas e cargos para sequestrar, matar entre outras atrocidades, são mais bandidos que os próprios bandidos.

A punição nesses casos deve ser severa para servir de exemplo e também coibir esses tipos de ações que destroem a confiança da população em quem deveria protegê-la.

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