Mais uma manhã de sábado com sol na feira livre em Irará, seu Zé está vendendo sua farinha e seu feijão, as oito horas e meia Chico ...

Dia de Feira


Mais uma manhã de sábado com sol na feira livre em Irará, seu Zé está vendendo sua farinha e seu feijão, as oito horas e meia Chico chegou pra comprar sua farinha:
(Zé) _Bom dia Chico como vai?
(Chico) _ Bom dia Zé vou bem. E você?
(Zé) _Bem também. Qual foi a besteira que teu presidente falou?
(Chico) _ Quando aquele homem abre a boca só sai o assunto que ele gosta.
(Zé) _ O quê?
(Chico) _ Bosta. Hahaha
(Zé) _ Hahaha
Como é que ele quis apagar o fogo com decreto? Ele sabe que os fazendeiros que fizeram o dia do fogo votaram nele.
(Chico) _ Acho que ele não ‘tá’ nem aí. Essa conversinha dele com o da França, eles dois arengando, isso é pra disfarçar.
(Zé) _ Também, acho ainda mais agora que vão aprovar a maldita reforma.
(Chico) _ E o Queiroz que acharam, por que a polícia não interroga.
(Zé) _ Quem quiser que pense, que ele fala as besteiras ele é louco. Tudo fingimento pra o povo se ocupar com outra coisa enquanto ele e os filhos vão enriquecendo com nosso dinheiro. 
(Chico) _ Tomara que esse cara não fique quatro anos, senão ele vai acabar com tudo.
(Zé) _ Pior que é. As universidades estão sem dinheiro, daqui a pouco vai ser os hospitais, e por aí vai.
(Chico) _ Agora pra ele e os filhos sempre tem dinheiro.
(Zé) _ A pois.  
(Chico) _ Nossa tristeza só não é maior porque esse inverno está chovendo bastante.
(Zé) _ Graças a DEUS.
(Chico) _Comprei até uns milho na feira.
(Zé) _Pra semana vou trazer feijão de corda. 
(Chico) _ Então separe um ‘mói’ pra mim.
(Zé) _ ‘Tá’ certo.
(Chico) _Vou indo Zé, até sábado.
(Zé) _ Até.


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